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Sola Scriptura - perspectiva em Irineu de Lião

  • Foto do escritor: ocatecumeno
    ocatecumeno
  • 7 de fev. de 2022
  • 12 min de leitura

Sola Scriptura (somente a Escritura) é um dos cinco “solas” da reforma protestante, certamente é o sola mais difundido e reconhecido nesse meio. Em síntese, consiste na suficiência da bíblia como única autoridade para regra de fé e prática. Sendo uma de suas principais bases bíblicas 2 Timóteo 3.14-17. Apenas a bíblia é fonte da doutrina e ela se auto interpreta, pois nela se encontra a explicação necessária sobre tudo o que nela está escrito. Qualquer ensino que não condiz com as Escrituras deve ser rejeitado pelo cristão. Ela é suficiente para compreendermos a verdade que é Cristo o qual nos salva, devido o Espírito Santo que nos revela e ilumina para sua correta interpretação. Ela é o fundamento da teologia reformada. O livre exame bíblico é essencial para o amadurecimento da fé do cristão, para que este seja firme na verdade e esteja pronto para defender a fé racionalmente 1 São Pedro 3.15. Lembrando que este é um breve resumo da premissa básica que sustenta a conclusão da validade do Sola Scriptura, convido aqueles que desejarem colaborar para a defesa dessa doutrina que o faça nos comentários abaixo.

No versículo anteriormente citado São Pedro nos exorta para uma defesa racional da fé, portanto vamos levantar alguns pontos que demonstram as falhas contidas na doutrina deste Sola.


  1. Os apóstolos não praticavam a Sola Scriptura (Atos 15) - neste relato bíblico, no ano 51 d.C, Paulo e Barnabé, entraram em grande discussão sobre uma imposição por parte de alguns judeus que julgavam ser necessária a circuncisão para salvação dos novos convertidos na fé cristã e observância de algumas leis mosaicas. Em momento algum vemos Paulo e Barnabé se debruçando sobre as Escrituras para definir qual era o verdadeiro ensino. Mas este Paulo, o mesmo que escreveu 2 Timóteo 3, foi ao encontro da liderança da Igreja para poder resolver essa questão. No que ficou historicamente conhecido como Concílio de Jerusalém. Neste concílio, foi a liderança da Igreja (Magistério) a autoridade para confirmar qual é o verdadeiro ensino, não as Escrituras por meio de uma interpretação dos cristãos em geral. É por meio da liderança da Igreja que se definiu na era primitiva qual era a regra de fé, afinal a Igreja é “coluna e sustentáculo da verdade” 1 Timóteo 3.15, segundo o apóstolo. Após este concílio os apóstolos e presbíteros saem pelas igrejas ordenando a obediência às decisões do Concílio de Jerusalém (Atos 16.4-5), a fim de confirmar as igrejas na fé e manter a unidade, com o peso de que uma igreja só era legítima quando estava debaixo do crivo apostólico. Rejeitar o Magistério é rejeitar a verdadeira fé, pois é este magistério apostólico que confirma a fé, a tradição e as Escrituras. E por sua vez, a Tradição e as Escrituras confirmam o Magistério. E pela sucessão apostólica, essa liderança era e é hoje o Magistério da Igreja Católica.

  2. A Sola Scriptura está longe da realidade de várias épocas da história, inclusive seria impossível praticá-la na era primitiva - o primeiro livro do Novo Testamento foi escrito no ano 50 d.C, a carta aos Tessalonicenses. O último livro escrito por volta do ano 100 d.C, que seria o Evangelho de João. O cânon judeu não era aceito por toda comunidade judaica igualmente, havia divergências de cânon entre os diversos grupos judeus: saduceus, fariseus, essênios, entre outros. Apesar, é claro, de haver uma forte tradição a respeito dos livros sagrados que eram amplamente aceitos por este grupos. Ainda assim, não havia um cânon definido. O concílio de Janmia (final do século I e início do século II d.C) reuniu anciãos judeus devotos à Torá e a tradição judaica, fariseus e opositores do cristianismo (religião interpretada como uma heresia para os judeus, um ótimo exemplo de um tipo de forte opositor ao cristianismo foi o apóstolo Paulo antes de sua conversão), definiram o cânon judeu hoje aceito pelo protestante, apesar de terem naturalmente negado os escritos do Novo Testamento, afinal negam a messianidade de Jesus. Explico melhor sobre o cânon bíblico neste artigo. Todavia, o cânon bíblico cristão só foi definido no século IV d.C nos concílios de Hipona e de Cartago, o mesmo utilizado até hoje pela Igreja Católica que os definiu como inspirados, só ela é autoridade para tal. Antes disso, era comum diversos outros livros serem adotados como inspirados por toda parte onde havia cristianismo, a exemplo de livros como Pastor de Hermas e a epístola aos Coríntios de Clemente Romano. Até o advento da imprensa criada por Gutemberg no século XVI, era raríssimo se ter acesso a um exemplar completo das Escrituras, tudo era preservado e escrito à mão, sendo o custo para adquirir uma bíblia aproximadamente o equivalente a um ano de trabalho de um camponês comum. Outro fator foi o analfabetismo da população em geral, que perdurou sendo a esmagadora maioria até meados da era moderna. Veja como era terrível a situação de um cristão na época primitiva: não havia livros do novo testamento e os que haviam não eram canonizados, pois até muitos considerados inspirados na verdade não eram como foi concluído posteriormente; ele não sabia ler, só podia confiar naquilo que membros da Igreja lhe ensinava em tradição oral, sendo que muitas vezes esse cristão que ensinava também não sabia ler e falava também daquilo que aprendeu pela boca de outro (algo muito comum no judaísmo antigo, não muito diferente da era primitiva da Igreja) perceba a importância da Tradição (2 Tessalonicenses 2.15); se soubesse ler, ele era incapaz de adquirir a escritura com seu dinheiro, poucas vezes iria ler a escritura. Deveríamos concluir que uma pessoa assim não pode ser salva? Claro que não, pois muito bem disse São Paulo em Romanos 10.17 “a salvação vem pelo ouvir a palavra de Deus”. Isso mantém o Sola Scriptura no páreo então, certo? Vamos ao próximo ponto.

  3. A Escritura não sustenta o Sola Scriptura e não diz quais livros fazem parte do cânon cristão - em 2 Timóteo 3.16 São Paulo se refere às escrituras que Timóteo aprendera em sua infância, porém sabemos que grande parte do Novo Testamento não havia ainda sido escrito na sua infância e nenhum deles estava na lista de inspirados (tal consenso nem existia pois os livros ainda estavam circulando pela Igreja e aos poucos eram confirmados ou não dentro do ensino da Tradição, pois a Escritura nada mais é do que a Tradição/história cristã escrita inspirada por Deus). Evidentemente, São Paulo se refere ao Antigo Testamento, se tomarmos por válida a interpretação protestante neste aspecto deveríamos concluir que o Novo Testamento não é necessário para regra de fé e prática do cristão. Pois como disse, Paulo se referia ao Antigo Testamento. Além disso, ao ler todo o texto de 2 Timóteo 3, vemos que o apóstolo exorta seu discípulo a ter como guia não apenas a Escritura mas também a Tradição “porém, continua tu no que aprendeste e tens crido firmemente, sabendo de quem o aprendeste, …” claramente Paulo ensina que a correta interpretação vêm do ensino que Timóteo recebeu (do próprio apóstolo), não diretamente da Escritura, mas de um mestre que ensinou a correta interpretação das Escrituras para este jovem que jamais deveria se esquecer ou abandonar essa Tradição que o instrui na Escritura. Portanto, São Paulo não declara que a Escritura é suficiente por si só, mas sim que a tradição e a Escritura se complementam. Ela está em uma relação de dependência com a Tradição para o correto ensino da fé cristã, juntamente com a Igreja que é a autoridade para definir qual é essa Tradição/ensino/interpretação e qual é o cânon da Escritura. Em Lucas 10.16 “quem vos ouve, a Mim ouve”, Cristo delega aos discípulos essa autoridade no ensino oral como representante de Jesus. Os discípulos já são a “proto Igreja”, a gestação da Igreja instituída por Cristo em Mateus 16.18. Que possui autoridade sobre a Tradição e as Escrituras para ministrar a verdade a todos os povos.

  4. A Igreja é autoridade sobre a Escritura - sem a autoridade da Igreja para determinar o correto ensino/cânon das Escrituras e Tradição cristã, estamos fadados ao mais puro relativismo da fé e da verdade, fruto do livre exame bíblico que gera milhares de interpretações divergente entre si de pessoas “iluminadas pelo Espírito Santo” que a cada nova leitura descobrem uma verdade diferente da anterior e negam o ensino tradicional. Por isso, temos milhares de denominações protestantes que divergem em pontos de fé cruciais: trindade, predestinação, graça, fé, cânon, salvação, imortalidade da alma, batismo, perdão, pecado. Todo e qualquer dogma ou ensino cristão é solapado no decorrer dos anos em que se estende a prática do livre exame bíblico sem o devido respeito a autoridade deixada por Cristo para o ensino da verdade. Ou seria o Espírito Santo um espírito de confusão, de babel, que faz com que seus filhos interpretem cada um de uma maneira diferente e creiam cada um segundo o que lhe convém em sua particularidade? O Espírito Santo é espírito de sabedoria, não de loucura ou esquizofrenia para produzir múltiplas verdades de fé conflitantes entre si. Ele age na Igreja, enquanto Corpo Místico de Cristo, não apenas em um indivíduo particular (a exemplo de Atos 2).

  5. O Magistério e a Tradição são inalienáveis das Escrituras - na Reforma, Lutero e demais reformadores, relativizam a tradição e negam a autoridade do Magistério sobre as Escrituras, alegando que esta é suficiente por si só. Todavia é uma consequência intrínseca da Escritura a existência conjunta de um magistério e uma tradição em qualquer vertente religiosa, não apenas no cristianismo. Com isso, a Sola Scriptura não pode existir pois na prática ela nega a sua própria teoria que é incompatível com a realidade. Exemplificando: o cristão reformado quando questionado sobre porque se deve entender a bíblia assim ou assado, dirá “devemos nos basear no entendimento da tradição reformada”, logo o reformado têm por magistério os reformadores, onde o entendimento das Escrituras e da tradição se deriva deles. O metodista fará o mesmo, acrescentando John Wesley e rejeitando várias doutrinas dos reformadores. O adventista irá se basear em Ellen White. As Testemunhas de Jeová no entendimento do Corpo Governante. O pentecostalismo, sabe se lá em que se baseia já que o tempo todo manipulam as Escrituras cada dia de um jeito diferente. E assim vai, infinitamente, até chegarmos no ápice da Sola Scriptura, o desigrejado; este se baseia em seu próprio crivo particular e faz de si mesmo magistério e tradição (todo protestante o faz, porém o desigrejado ainda mais radicalmente). Poderia me estender para todas as vertentes cristãs fora da Igreja Católica, inclusive nossos irmãos ortodoxos que negam a primazia de São Pedro e a submissão universal ao papado de seus sucessores. Na realidade factual, a Sola Scriptura é impossível, ela sempre será acompanhada por um magistério e uma tradição para justificar ou “padronizar” qual é a verdadeira regra de fé e correta interpretação. Existe uma relação inevitável de interdependência entre Escrituras, Magistério e Tradição.


Santo Irineu de Lião, em seu livro Contra As Heresias escrito por volta de 150 d.C, fala sobre as heresias de seu tempo e como elas se utilizavam das Escrituras (especificamente os quatro evangelhos que já eram tidos como inspirados e algumas outras cartas muito difundidas na Igreja) para suas conclusões pessoais. Gerando heresias que rejeitavam o ensino apostólico da Igreja em prol de um falso cristianismo, ao qual eles alegavam possuir a verdadeira revelação da Escritura pelo Espírito Santo que lhes dava a interpretação certa daquilo que Jesus ensinou. Irineu foi bispo da Igreja em Lyon, cidade da atual França, combatendo com firmeza as heresias de seu tempo. Foi discípulo de Policarpo de Esmirna, Policarpo por sua vez foi discípulo direto de São João Evangelista. Sim, o discípulo de Jesus. Creio que Santo Irineu, fala com bastante propriedade sobre essa questão da Sola Scriptura e o livre exame bíblico que já ocorria em sua época, apesar de ainda não ser teologicamente uma doutrina estruturada. Segue trechos de sua obra Contra as Heresias que são pertinentes ao assunto e breves comentários, recomendo aos curiosos a leitura completa da obra.


“Eis por que as parábolas não devem ser adaptadas a coisas ambíguas, porque quem as explica o deve fazer sem acrobacias e devem ser explicadas por todos da mesma maneira, e assim o corpo da verdade se manterá íntegro, harmoniosamente estruturado e livre de transformações. Mas aplicar coisas que cada um pode imaginar da maneira que quiser é não ter regra da verdade: quantos são os exegetas tantas serão as verdades antagônicas e as teorias contraditórias. Dessa forma o homem estará sempre à procura da verdade sem nunca encontrá-la, por ter rejeitado o método próprio da pesquisa” II Livro Cap. 27


Poderíamos dizer que Santo Irineu foi um profeta ao dizer essas palavras, mas não, isso é apenas uma consequência lógica da doutrina do Sola Scriptura colocada em prática como vemos na atualidade. Ainda que se alegue um padrão de exegese e hermenêutica, a inexistência de uma autoridade universal para confirmar a verdade resulta inevitavelmente nessa conclusão, grifada, de Irineu. Independente de boas intenções. A Escritura, sem dúvida, é Palavra de Deus, perfeita e útil para toda boa obra, para nos conduzir a salvação que é o Verbo, Cristo Jesus. Mas ela não pode se auto interpretar e não é um livro de livre interpretação como São Pedro exorta em II São Pedro 1.20 “sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal”, ou seja, a bíblia não exprime o pensamento individual do escritor sagrado, muito menos de seu leitor, mas o pensamento do Espírito Santo. E este Espírito Santo age na Igreja e somente nela (quando se trata dos temas aqui discutidos), somente este Magistério é autoridade para unidade da verdadeira fé. Leremos mais palavras de Irineu.


“Lembra-te, portanto, do que dissemos nos primeiros dois livros e, acrescentando o que agora diremos, terás fartíssima argumentação em favor da única fé, verdadeira e vivificante, que a Igreja recebeu dos apóstolos e comunica a seus filhos.” Prefácio III Livro, Doutrina Cristã

“Mas visto que seria coisa bastante longa elencar, numa obra como esta, as sucessões de todas as igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e mais conhecida por todos, à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de alguma forma, quer por enfatuação ou vanglória, quer por cegueira ou por doutrina errada, se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Com efeito, deve necessariamente estar de acordo com ela (a Igreja de Roma), por causa da sua origem mais excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva dos apóstolos.” III Livro Cap 3.2


É impossível manter o mesmo ensino, sem uma autoridade universal que estabeleça a verdadeira fé. Irineu demonstra claramente a fé do cristão em seu tempo, a qual permanece idêntica na Igreja Católica até hoje, pois a fé é uma só e é perene. Compreendemos nesses trechos a primazia da Igreja de Roma, a sucessão apostólica nela que viria a ser chamada de papado e o reconhecimento por parte dele, e dos cristãos em geral, da Igreja de Roma como a referência e liderança sobre todas as demais igrejas. Preservando a unidade necessária, unidade sem a qual poderíamos assinar o atestado de óbito do cristianismo. Cumprindo com a graça e ação divina Efésios 4.3-6 “Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vocação em uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.” A Sola Scriptura é na prática a negação da autoridade da Igreja Católica e da Tradição cristã, por isso não se faz necessário conhecer todo o passado cristão, ou melhor, se estuda apenas aqueles que corroboram com o que eu acredito e escrevem de acordo com a história que fortalece minha fé, seja verdade ou não. Isso quando não se adultera a Tradição e a história para sua narrativa, como faziam na época de Irineu.


“Quando são vencidos pelos argumentos tirados das Escrituras retorce a acusação contra as próprias Escrituras, dizendo que é texto corrompido, que não tem autoridade, que se serve de expressões equívocas e que não podem encontrar verdade nele os que desconhecem a Tradição [...] e cada um deles diz que esta sabedoria é a que ele descobriu, ou melhor, inventou, e assim se torna normal que a verdade se encontre ora em Valentim, ora em Marcião, ou nalgum outro contendente. Cada um deles está tão pervertido que, falsificando a regra da verdade, não cora de vergonha. E quando por sua vez, os levamos à Tradição que vem dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos presbíteros, então se opõe à tradição, dizendo que, sendo eles mais sábios do que os presbíteros, foram os únicos capazes de encontrar a pura verdade [...]. Acontece com isso que já não concordam nem com as Escrituras nem com a Tradição.” III Livro Cap 2.1; 2.2


Este é o modus operandi daqueles que já possuem uma aversão pré estabelecida contra o catolicismo. As coisas não mudaram tanto assim em nosso tempo, infelizmente hoje temos uma sofisticação das heresias do passado. Ora a verdade está em Lutero, ora em Calvino, outra vez em Zuínglio, outra em John Knox e por aí vai. Vejo muitos protestantes utilizarem os escritos da Patrística por exemplo, para justificar suas interpretações da bíblia, porém pegam trechos isolados dos autores e não todo o seu contexto. Alegam reconhecer a tradição apostólica, porém operam a tradição tal como operam as Escrituras, relativizando ambas. Ao negar o Magistério da Igreja, decretamos a morte do cristianismo que será diluído pelo mais absoluto relativismo de toda a Escritura que fica à mercê da interpretação particular de seu leitor que aceita por verdade aquilo que lhe convencer dentro de seu critério particular. Mas o católico crê em Nosso Senhor que prometeu que as portas do inferno jamais prevaleceriam contra a sua Igreja (Mateus 16.18), portanto a Santa Igreja permanecerá erguida até o fim dos tempos sendo luz para a humanidade. E se achamos que essa Igreja apostatou da fé e se paganizou, estamos passando Cristo por mentiroso por não ter cumprido a sua promessa. Há séculos atrás Santo Irineu de Lião já combatia tais doutrinas nos deixando registradas instruções para que nós não caíssemos neste erro como muitos naquela época. Pela falta de conhecimento da Tradição, da história da Igreja e da Igreja; acabamos caindo e permanecendo no erro muitas vezes porque não temos nenhum interesse em estudar com justiça, sem viés pré definido, esses temas. É preciso ter humildade para reconhecer que há possibilidade de estar errado. Assim como Irineu pensava, já é alegria suficiente para mim e graça de Deus que uma única pessoa que seja vá para a verdade na Igreja Católica, em Cristo, por meio do que tenho feito e escrito. A Igreja crê no Magistério, na Tradição e nas Escrituras; e também nós devemos crer a fim de permanecermos na verdade que é o próprio Salvador. Nos voltemos à Santa Igreja Católica e vivamos em comunhão no Corpo Místico de Cristo, na verdade da Palavra que Ele nos ensinou e nos deixou por autoridade uma coluna inabalável que nos confirma essa Verdade. Ele escolheu nos instruir por meio da Igreja. Que o Santo Espírito de Deus nos conduza à salvação. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo pela Igreja que Ele instituiu. Para sempre seja louvado!!!




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